sexta-feira, 28 de abril de 2017

Como nasce uma lenda (A LOIRA DO BANHEIRO)

Fui pesquisar sobre a loira do banheiro, encontrei cada palhaçada, de diversos cantos do Brasil, apareceram até, relatos da Argentina e do Chile...tudo balela, como diria mano Brown:_Forrest Gamp é mato, vou contar a verdade, então.Como eu disse em várias postagens, a Casa da Infância do Menino Jesus, era o outro colégio que a Liga das Senhoras Católicas administrava, era um orfanato, onde as crianças eram educadas até atingirem a quarta série do primário, então alguns retornavam às suas família e os que não tinham família, ou as famílias não tinham condições para mantê-los, eram transferidos para o Educandário Dom Duarte.Esse orfanato era gerenciado por freiras, com o apoio de monitoras (moças) que era quem cuidavam, de fato dos meninos.Dentre as moças, havia uma que se chamava Ivone, que era prima da madre Márcia, por serem originárias do Rio Grande do Sul, tinham os olhos, dum azul muito forte, era muito difícil alguém ficar de frente pra moça e não ser hipnotizado por seus lindos olhos
  Ela trabalhava em São Paulo e, de 6 em 6 meses, ia visitar sua família, no interior do Rio Grande, lá, ela tinha um noivo.
Em 1976,nas férias de meio de ano, tomado de um ciúme doentio, o noivo a matou e arrancou-lhe os olhos.
Na época, a revista O Cruzeiro, publicou a foto do velório sem retoque, com flores e algodão nos olhos, repercutiu no Brasil todo, o cronista, avido de sensacionalismo a comparou a uma espécie de santa, já que ela trabalhava num orfanato e era prima de uma freira.
Pelo fato de, nós meninos, estarmos acostumados a vê-la, na hora do recreio, em frente ao banheiro do pátio, para que não fizéssemos bagunça, alguns meninos começaram a dizer que a haviam visto ela, de frente da porta do banheiro, já dava medo ir ao banheiro sem a companhia de um adulto.
Antes de sua morte, era comum ela aparecer de súbito no banheiro, quando alguém se dava conta, lá estava ela no espelho.
No ano seguinte, fomos transferido pro EDD, no primeiro mês de aula, na hora do recreio o Alaor do 19, que era dos meninos o que mais tornavam a vida da moça um inferno, sai correndo pro pátio, com as calças ainda arriadas, gritando que havia visto a loura do algodão.
Isso contribuiu para o fechamento do caso e a revista publicou de novo.
Foi muito pouco tempo, pra ela aparecer em todos os banheiros, de todas as escolas do Brasil.