quarta-feira, 19 de abril de 2017

Memórias de um dinossauro.


Em 1991, meti uma firma no pau e tirei uma bolada, dinheirinho bom de verdade.
Meu amigo Outrossim, olha bem o nome da criatura, sabendo do acontecido, ofereceu os seus préstimos como consultor de negócios.
Disse que eu devia pegar todo o montante e investir em ações da companhia telefônica, ele mesmo já havia convertido tudo o que havia economizado nessas tais ações.
Fiquei mesmo tentado, por essa época o aparelho celular era delírio de ficção científica e uma linha telefônica tinha o preço de uma boa casa, num bairro nobre.
Mas, como é da minha natureza, amarelei e torrei a grana toda sem arrependimentos.
Eu tenho um telefone fixo que toca uma vez por semana e, mesmo assim é engano ou cobrança.
O amigo nunca mais vi e, sempre que vejo um mendigo na rua, tenho a impressão de que vou encontrá-lo.

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