quinta-feira, 8 de junho de 2017

Repassando cultura




  Não é novidade que gosto de contar histórias, agora mais velho, Deus me deu a graça de, sendo paulistano, ter um neto baiano.
  Quando nos cansamos de guerrear, conto-lhe histórias de heróis que carregam a nossa cor, gente feito Xico Rei, kangazumba e Zumbi, isso é de lei.
  E como, esculpo espadas de madeira, sou obrigado a contar as façanhas de cavaleiros e heróis imortais, como Arthur Pendragón e aquele Jorge da Capadócia, essas são seguidas de ensinamentos de honra.
  A que ele mais gosta é a de um certo capitão farroupilha, que insistia em terminar a pérnita do R, na cara do desafeto.
  Vai ao delírio e, até fala junto comigo, com o devido sotaque gaúcho:
  _"Buenas e me espalho. Nos pequenos dou de prancha; nos grandes, de talho".

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